Deu xabu: plebiscito realizado em Munique e mais três cidades da Baviera, província ao sul da Alemanha rejeitou a realização dos Jogos Olímpicos de 2022 na região. Munique é a capital da Baviera, e as três cidades que participaram do referendo seriam as hospedeiras, nos Alpes alemães, do certame.

Normalmente as populações não costumam rejeitar tais eventos, em nome dos empregos e benefícios comerciais, além de visibilidade internacional que eles garantem. Apesar disso, houve reclamações anteriores de que o custo dos investimentos exigidos pelo Comitê Olímpico era muito alto, e que nem todas as cidades envolvidas recuperaram o gasto feito, para não falar em lucros. Por isso o comitê passou a exigir agora um planejamento de custos, de retorno esperado, bem como um estudo de impacto ambiental.

Os Jogos Olímpicos de Inverno, embora não tenham o tamanho e o prestígio dos de Verão, costumam atrair milhares de aficionados e turistas, além das equipes desportivas. Os Jogos de Inverno foram disputados desde 1924. Sua primeira cidade anfitriã foi Chamonix, nos Alpes franceses.

Em 2014 eles serão disputados em Sochi, na Rússia. Em 2018 ocorrerão em Pyongyang, Coreia do Sul, primeira vez em que tais jogos serão disputados no hemisfério sul. Para os jogos de 2022, os candidatos eram Munique (e as outras três cidades bávaras), Pequim, Oslo e Lviv, na Ucrânia.

O surpreendente resultado foi de 51,56% a 48,44%. Os motivos do “não” à realização dos jogos foram o elevado custo do financiamento das competições, bem como a preocupação com os danos ambientais possíveis na região, sobretudo nas três cidades menores, que são estâncias turísticas.

Os números oficiais serão divulgados nesta terça-feira (12), e espera-se que a Baviera desista oficialmente da disputa. Não se descarta, porém, a possibilidade de que a controvérsia brasileira tenha estimulado o “não”.