Visita de Dilma marca dez anos da aliança estratégica entre Brasil e Peru

Entre os países da América do Sul, o Peru é o terceiro maior destino dos investimentos brasileiros, com estoque de US$ 1,9 bilhão

Por Blog do Planalto
Segunda-feira, 11 de novembro de 2013


A visita oficial da presidenta Dilma Rousseff marca os dez anos da Aliança Estratégica Brasil-Peru, que começou em 2003. O Foro Empresarial Brasil-Peru, que reunirá 400 empresários dos dois países, debaterá o comércio bilateral, que alcançou US$ 2,9 bilhões entre janeiro e setembro deste ano – um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período de 2012.

“É uma aliança estratégica de desenvolvimento que envolve aspectos do governo no âmbito social, no âmbito econômico, no âmbito turístico, no âmbito energético. Sem dúvida que se trata de um projeto de grande envergadura”, afirma Miguel Vega Alvear, presidente da Câmara Binacional de Comércio e Integração Peru Brasil (Capebras).

Entre os países da América do Sul, o Peru é o terceiro maior destino dos investimentos brasileiros, com estoque de US$ 1,9 bilhão. No Acordo de Complementação Econômica nº 58, entre o Mercosul e o Peru, o Brasil já concede ao Peru 100% de preferências tarifárias para mais de 6,5 mil produtos.

Em 2013, o Peru deverá conceder o mesmo benefício ao Brasil para 687 desses produtos. Já em 2014, serão concedidos para outros 5.464 produtos, alcançando a totalidade em 2019, quando 100% dos mais de 6,5 produtos do acordo estarão livres de imposto de importação. Para Alvear, o foro ajudará a planejar uma nova agenda de cooperação entre os dois países.

“A nova agenda até adiante já não é uma agenda de 10 anos, mas estamos com tarefas que visam uma perspectiva de 20, 30 anos, que são políticas de Estado, porque temos que conseguir para a Amazônia um desenvolvimento sustentável, inteligente, e que deve ser compartilhado conosco, os vizinhos amazônicos”, afirmou.

O embaixador Antônio José Ferreira Simões, subsecretário-geral da América do Sul, Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, destacou que a integração física entre os dois países deve ser debatida para que se crie melhores condições de uso por pessoas e empresários tanto do Peru e quanto do Brasil.

“O que se espera é que nós possamos cada vez comprar e vender mais para o Peru. Isso é muito importante. Sobretudo para estados fronteiriços como Acre e Rondônia. E isso se conecta com o segundo ponto da visita, que é a questão da integração física. Hoje, já há uma estrada que sai do Brasil e vai até o Pacífico, atravessando o Peru”, lembra.




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