Dilma critica o absurdo do TCU paralisar obras e provocar gastos

Na última quarta-feira (7), o TCU aprovou uma recomendação ao Congresso de paralisação de sete obras executadas com recursos do governo federal, em decorrência de irregularidades encontradas durante fiscalização

Por PT no Senado, com agências
Sábado, 9 de novembro de 2013


A presidenta Dilma Rousseff criticou a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) de paralisar sete obras pagas com recursos federais. "É absurdo paralisar uma obra. É algo extremamente perigoso. Depois ninguém repara o custo. Para e ninguém ressarce o que foi perdido. Mas vai ficar pronta e vamos inaugurá-la", afirmou, referindo-se à pavimentação da BR-448, a Rodovia do Parque, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Dilma foi ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (8) para inaugurar uma nova plataforma de petróleo.

A presidenta destacou que a BR-448 é essencial para desafogar o trânsito entre Sapucaia do Sul e Porto Alegre, melhorando a mobilidade na região metropolitana da capital gaúcha. A estrada está sendo construída com a ajuda de recursos federais e é administrada pelo estado. A conclusão da obra está prevista para o fim deste ano.

Na última quarta-feira (7), o TCU aprovou uma recomendação ao Congresso de paralisação de sete obras executadas com recursos do governo federal, em decorrência de irregularidades encontradas durante fiscalização.

Plataforma
Durante a inauguração da plataforma P-58, a presidenta destacou os desafios que a indústria naval brasileira vai enfrentar nos próximos anos, para atender à demanda por plataformas de exploração de petróleo. “Nós temos de ser capazes de produzir com prazo e qualidade esses navios, plataformas. Vamos ter de dar conta. Nesse Campo de Libra, só para terem uma ideia, teremos entre 12 a 16 plataformas”, afirmou, referindo-se à exploração na camada pré sal.

Dilma lembrou a luta para reerguer a indústria naval e afirmou que se hoje o Brasil tem uma das menores taxas de desemprego no mundo, com situação de quase pleno emprego, é porque várias indústrias foram retomadas, inclusive a indústria naval.

“A gente fica muito feliz quando vê uma coisa pela qual se lutou, que diziam que não era possível, que falavam que eu e a Graça Foster estavam doidas. Quando começamos um processo de discussão sobre produzir no Brasil aquilo que fosse possível, principalmente sobre a indústria naval. Era 2003, nunca canso de contar isso. Era ministra de Minas e Energia do Lula. A Graça era secretária de Gás e Petróleo. A nós duas foi dada a tarefa de que tinha que construir plataforma no Brasil. É bom lembrar que naquele momento não tinha plataforma construída no Brasil. A indústria naval, que tinha sido uma indústria forte no Brasil, praticamente tinha desaparecido. Achávamos absurdo que não fosse possível construir plataforma e navio no Brasil”.

Aos trabalhadores da P-58, a presidenta citou a lei que garante recursos do petróleo para a educação e saúde e disse que eles, ao ajudar a tirar o petróleo do mar, também estão contribuindo para tornar a educação uma alavanca para o desenvolvimento do país.

“Educação é algo que pode transformar o nosso país. Isso vocês são responsáveis, porque são vocês que estão viabilizando que esse país possa usar essa imensa riqueza que é Libra pra investir em educação. Digo isso porque acho que tá tudo ligado. O petróleo tem que ter conteúdo nacional. O petróleo tem de virar a maior força e crescimento para o Brasil, melhorar nossa balança comercial. Pode também transformar esse país em desenvolvido e que as pessoas tenham acesso a coisa mais importante que é o conhecimento”, disse.




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