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Protesto: demora nas construções da CDHU
Manifestantes exigem que a entidade dialogue com a Caixa Econômica Federal sobre qual valor deve ser repassado para que tenha início uma obra de conjunto habitacional no Jardim Guaracá, zona leste da cidade, que contemplará 122 famílias
Sábado, 9 de novembro de 2013
Cerca de 100 integrantes dos grupos de movimentos por moradia protestaram na quinta-feira (7/11) em frente ao prédio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), na região central da capital paulista. Os manifestantes exigem que a entidade dialogue com a Caixa Econômica Federal sobre qual valor deve ser repassado para que tenha início uma obra de conjunto habitacional no Jardim Guaracá, zona leste da cidade, que contemplará 122 famílias.
O terreno pertencia à CDHU em 2008, quando a demanda foi feita pelos moradores e o contrato com o Estado de São Paulo foi assinado. Depois disso, a área foi transferida para o programa do governo federal Minha Casa Minha Vida. Para que as construções sejam iniciadas, a Companhia precisa repassar o terreno para a Caixa Econômica Federal, que efetuará a compra do local. No contrato, os custos da obra seriam divididos entre a CDHU e as famílias interessadas. Dessa forma, os moradores participariam com 16% do valor acordado, e a CDHU os 84% restantes.
"A CDHU diz que a Caixa deve repassar R$ 4 milhões para o início das obras. Mas nós não aceitamos esse valor. Achamos que deve ser mais baixo. Há três anos, esse terreno foi desapropriado por R$ 940 mil”, disse a coordenadora da Frente de Luta por Moradia (FLM) no Estado de São Paulo, Maria do Planalto. Segundo a ativista as famílias estão cadastradas e esperam há quatro anos pela habitação no terreno reservado para a construção das moradias.
Uma comissão formada por representantes de movimentos que lutam por moradia se reuniu à tarde com o presidente da CDHU, Antônio Carlos Amaral, e com o secretário de Habitação do estado de São Paulo, Silvio França Torres, para pedir o rápido diálogo da entidade com a Caixa Econômica Federal, para definir o valor necessário para o início da construção das habitações.
A ativista conta que a reunião com os representantes dos órgãos públicos, porém, não apresentou qualquer avanço no sentido de dar início à construção dos edifícios. "Agora a CDHU disse que a obra vai ter início só em 2015, sendo que essa demanda foi feita há quatro anos”. Maria explica que a Companhia adiou o prazo alegando que o valor terreno precisa ser avaliado por técnicos e os trâmites do processo envolveriam a assinatura de diversos documentos, como o termo de adesão das famílias.
Uma nova reunião com lideranças da FLM e o presidente da CDHU, Antônio Carlos Amaral, está agendada para as 16 horas da segunda-feira (11/11), na Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab). Amaral afirmou, no encontro de hoje, que o grupo definiria uma data para realizar o processo de adesão das famílias ao projeto Minha Casa Minha Vida. Os movimentos por moradia reivindicam que o pagamento do atual auxílio-aluguel continue sendo realizado até a entrega das habitações, prevista pela CDHU para 2017.
*fonte: Rede Brasil Atual com informações da Agência Brasil