Em São Paulo, seminário debate cultura para os próximo 10 anos
Realizado em parceria pelas secretarias estadual e nacional de cultura do PT, evento ocorreu no auditório do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, no centro de São Paulo e reuniu cerca de 300 pessoas
Sábado, 2 de novembro de 2013
As secretarias Estadual de São Paulo e Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores realizaram, na noite desta sexta-feira (1º), no auditório do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a abertura do seminário “O PT e as políticas públicas de cultura: os desafios para os próximos 10 anos”. A atividade foi transmitida ao vivo pelo site da Fundação Perseu Abramo e reuniu cerca de 300 pessoas, entre lideranças do partido, vereadores, núcleos de cultura dos diretório municipais do PT, gestores municipais das prefeituras petistas e assessores parlamentares.
O seminário, dividido em dois dias - sexta (1º) e sábado (2) - visa debater temas como o significado do conceito de cidadania cultural no século XXI; políticas públicas e promoção artística fora do mercado; os aspectos da mídia tradicional, sua influencia cultural e o novo ambiente político-cultural criado com as redes sociais e, por fim, a cultura digital: as influências das ruas e das redes.
Segundo o secretario Nacional de Cultura do PT, Edmilson Souza, o objetivo do seminário é a atualização programática da pauta da cultura e das bandeiras do partido. Ele avalia que uma atualização é necessária. “Nosso documento de referência “Imaginação a serviço do Brasil” é de 2002 e precisa ser atualizado, até porque tem questões que não foram tratadas ali porque à época não eram questões postas na conjuntura”, diz.
O secretário Estadual de Cultura do PT-SP, Tadeu de Souza, falou que o partido se dispõe a discutir por todas as regiões do estado uma atualização para o documento, além de capacitar novos quadros. “A cada dia temos que fazer com que os nossos gestores tenham a consciência de que a cultura não pode ser tratada só do ponto de vista de programa, mas também incentivá-los para que pensem mais programas de governo”, pontuou.
Representando a ministra Marta Suplicy, o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Marcelo Pedroso, fez uma avaliação sobre os investimentos feito em cultura pelo governo federal. “Nos últimos dez anos, nós fizemos uma revolução na política cultural no Brasil. Esse é um programa que não volta atrás. Agora, estamos em um momento de desenvolvimento uma das políticas que, com certeza, vai transformar, não só apenas a política cultura do governo federal, mas o Brasil inteiro, que é o Sistema Nacional de Cultura”, disse.
Ex-secretário de Políticas Culturais do Minc, o ator, dramaturgo e ativista cultural, Sergio Mamberti avalia que o seminário é oportuno e pode contribuir muito para os programas de governo. “O seminário é extremamente oportuno, estamos às vésperas do processo eleitoral e certamente irá mostrar posições importantes do programa de cultura do próximo governo da nossa presidenta Dilma”, disse. De acordo com ele, nos últimos dez anos o PT construiu um processo muito rico, mas que deve reafirmar uma série de diretrizes e de políticas públicas.
Já Rudfran Pompeo, presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, acredita que o seminário é fundamental para fortalecer a militância. Segundo ele, deve-se debater cada vez mais. “Eu entendo cultura como uma necessidade básica, tal qual é a saúde, tal qual é a alimentação, tal qual é transporte”, disse.
Ana Chã, representante do Movimento dos Trabalhadores sem Terra, o MST, frisou a importância e a maneira como é feita a cultura no campo. “Não dá para falar de luta pela terra, não dá para falar de luta pela reforma agrária, sem falar também de uma dimensão cultural, dimensão educativa desta mesma luta. Cultura é condição de existência. Isso é muito presente. Na medida em que a gente cultiva a terra, nós estamos fazendo a nossa cultura”, disse.