
UE pede ao Japão que elimine pena de morte
Bloco proíbe Estados-membros de aplicar a pena capital e cerca de 150 dos 193 países das Nações Unidas já eliminaram
Quinta-feira, 31 de outubro de 2013
O vice-presidente da delegação da UE (União Europeia) no Japão, Maeve Collins, pediu nesta quinta-feira (31/10) ao governo japonês que elimine a pena de morte de seu Código Penal. "A pena de morte é uma afronta à dignidade humana e uma violação dos direitos humanos", denunciou Collins em um fórum organizado em Tóquio pela Comissão Europeia e pela comunidade religiosa italiana de Sant`Egídio.
O vice-presidente insistiu na necessidade de criar um debate "aberto" dentro da sociedade japonesa sobre este assunto e, neste sentido, acredita que é "importante" que o público receba uma informação correta sobre as condições da pena de morte em seu país. Junto com Estados Unidos, o Japão são as únicas grandes potências que ainda aplicam a pena capital, executa na forca os condenados sem aviso prévio e sem testemunhas.
A UE proíbe expressamente os Estados-membros de aplicar a pena capital e cerca de 150 dos 193 países das Nações Unidas já eliminaram esta forma de condenação ou aprovaram uma moratória. O Japão realizou seis execuções este ano e atualmente há 132 presos no corredor da morte, de acordo com o Ministério da Justiça do país.