Gravidez na adolescência é uma questão de saúde pública e deve ser vista pelo Estado com outros olhos, defende Ana Perugini, em visita à entidade

A deputada, que é coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres na Assembleia Legislativa de São Paulo, visitou as três unidades do Instituto Bem Querer (IBQ), em Sumaré, na sexta-feira (25/10)

Por Assessoria de Comunicação - Dep. Ana Perugini
Terça-feira, 29 de outubro de 2013


Em visita ao Instituto Bem Querer (IBQ), que atende adolescentes grávidas e crianças sujeitas à vulnerabilidade social, em Sumaré, a deputada Ana Perugini (PT) argumentou que a gravidez na adolescência é um problema de saúde pública, cujo enfrentamento deve ser feito por meio da implantação de políticas públicas. "Esse é um problema de saúde pública e temos que ter políticas públicas para combatê-lo. Não é problema de planejamento familiar. São as adolescentes que estão engravidando. É preciso fazer a conscientização das crianças e adolescentes em casa e nas escolas”, afirmou.

A deputada, que é coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres na Assembleia Legislativa de São Paulo, visitou as três unidades do Instituto Bem Querer (IBQ), em Sumaré, na sexta-feira (25/10). Acompanhada do vereador Ulisses Gomes (PT) de Sumaré, Ana Perugini conheceu a entidade que atende adolescentes grávidas e crianças sujeitas à vulnerabilidade social, como abandono, violência e abuso. “O nosso trabalho é fazer as garotas entenderem realmente que não é legal engravidar e mostrar a elas como podem desfrutar de uma vida mais digna, após a descoberta da gestação. Nós recebemos as adolescentes, mas também fazemos a prevenção com as famílias”, adianta Maria Aparecida Sana Camargo, presidente do IBQ.

“A gravidez precoce é uma forma de violência contra a mulher. Hoje, temos que encaminhar isso por meio da Secretaria para Mulheres, de Brasília”, afirma a deputada, cujo mandato desenvolve, desde 2007, ações voltadas ao combate à violência contra as mulheres, além de iniciativas destinadas à prevenção de doenças que afetam diretamente as mulheres. Um dos projetos de sua autoria é o que prevê a implantação da vacinação contra o vírus HPV (Papiloma Vírus Humano), causador do câncer do colo do útero.

O Instituto

Atualmente, 12 meninas grávidas e mais 86 integrantes de seis a 17 anos são atendidos no Instituto Social e Educacional Bem Querer para Sustentabilidade Comunitária, localizado no Jardim Nova Esperança, e 105 crianças de zero a três anos e 11 meses na creche, na unidade II, que fica na Área Cura. Todas as gestantes que frequentam a entidade recebem orientações na oficina “Mamãe Bem Querer”, um projeto que ensina as meninas desde os cuidados que devem ser tomados durante a gestação, passando pelo parto, amamentação, cólicas, higiene do bebê, vacinação, até planejamento familiar e métodos contraceptivos. Além disso, elas aprendem cursos profissionalizantes para geração de renda e, ao final da gravidez, as garotas recebem um kit de enxoval. A entidade recebe recursos do Programa de Educação Básica (Proeb), da prefeitura e tem parcerias firmadas com várias empresas.

A voluntária Rita de Cássia Rosa Pinto, ex-secretária de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social de Sumaré, sintetizou o trabalho da entidade: “Nosso objetivo é fazer com que as pessoas cresçam. A gente não gosta de dar as coisas de mão beijada, mas nós acreditamos que se as pessoas não estiverem bem alimentadas, recebendo educação e conhecimento, não tem como cobrar nada delas. É preciso dar esse início, essa chance, para poder colher frutos”, concluiu.




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