Além das escolas da rede municipal de ensino, a Prefeitura pretende estender a iniciativa a endereços como unidades básicas de saúde, terminal rodoviário e todos os cantos da cidade que possibilitem as diversas perspectivas de leitura.

De acordo com a assessora pedagógica da Secretaria de Educação, Maria Elisabeth Rosa dos Santos, “do livro a uma obra de arte, a ideia é que tudo vire oportunidade para que se criem inúmeros elementos de motivação à descoberta e ao prazer pelas letras”.

Desde 2012 o Grupo de Trabalho com integrantes das duas pastas discute a construção do Plano Municipal de Livro e Leitura (PMLL), com base no Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), com eixos como: democratização do acesso, fomento à leitura e a formação de mediadores; valorização da leitura e comunicação; e apoio a criação e ao consumo de bens leitura.

Neste ano para reforçar as ações foi realizado um levantamento junto às 40 escolas da rede municipal de ensino para identificar práticas de estímulo à leitura, desde a creche à Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ao todo, são 18.200 alunos entre rede própria e unidades conveniadas. No primeiro semestre a Prefeitura também ampliou o acervo literário da rede por meio da aquisição de 113.326 livros de literatura infantil e adulta.

Outra medida foi retomar o contato com os escritores locais e a realização de saraus literários como forma de valorização da leitura e comunicação. Atualmente todas as unidades de ensino da rede municipal dispõem de acervos literários e espaços pensados para as práticas de incentivo a leitura.

“Os professores passam por formação continuada com a finalidade de refletir e analisar práticas pedagógicas, entre elas a leitura, baseados numa concepção de letramento”, explica a assessora pedagógica Geraldina Ferreira Canuto. As escolas municipais são pioneiras em práticas bem sucedidas de incentivo a leitura, utilizando recursos e estratégias importantes neste contexto: tapetes de contação de histórias, maletas e sacolinhas literárias, caixas que contam histórias de paz, avental para contos literários, fantoches, paradas pedagógicas e investimentos na ampliação do acervo, entre outras. As ações com as maletas de leitura permitem a participação da família, promovendo a parceria entre escola e comunidade.

Destaques – A Escola Municipal Patrícia Martinelli Ferreira Panigalli, no Jardim Elizabeth, que desenvolve o projeto “Caixas que contam histórias de paz”; e a Escola Municipal de Educação de Jovens e Adultos (EMEJA) Clarice Lispector, na Vila Bocaina, que promove seminários de literatura com alunos do Ensino Médio como preparação para o vestibular.

Outro exemplo é a Escola Municipal Lucinda Petigrossi Castabelli, no Jardim Zaíra, com o projeto História Viajante, neste caso uma mala com diversificado material literário que circula por todas as salas de aula. Já na Escola Municipal Paulo Freire, no Núcleo Cincinato Braga, mães e professores se unem para contar e dramatizar clássicos literários para os estudantes.

Feira - Mauá estuda ainda a realização de feiras literárias para marcar as comemorações do Dia Nacional da Leitura, com o Sarau no Miguel, que será sediado no dia 30, às 19h, no Centro de Formação de Professores Governador Miguel Arraes (8 andar). “A proposta é que a cidade de fato se torne uma cidade de leitores. Nesse contexto as ações objetivam incentivar os diversos eixos da alfabetização e letramento, baseada em metodologias que promovam o desenvolvimento integral dos alunos da rede municipal de ensino”, enfatiza a secretária de Educação Lairce Rodrigues de Aguiar.