Cubatão monta cronograma para combater roedores bairro a bairro

Desratização começa com pesquisa de campo com os moradores

Por Prefeitura de Cubatão
Terça-feira, 29 de outubro de 2013


A equipe municipal que atua na desratização elaborou um cronograma para atender todos os bairros da cidade. O objetivo principal do trabalho de desratização é combater doenças transmitidas por roedores, como a leptospirose, hantavirose, peste bubônica e o tifo murino. Antes, a equipe saía a campo a partir das solicitações registradas no Centro de Controle de Zoonoses. No ano passado, foram realizadas 280 desratizações pedidas por munícipes, 109 em predios públicos municipais e 36 em ruas e bairros. Este ano, já foram 131 em próprios do município e 59 solicitadas por moradores.

Agora, sob este novo conceito de trabalho, o serviço esteve na região da Ilha Caraguatá, incluindo os projetos Nhapium, São Pedro, São Benedito e São José. Nessa fase inicial do cronograma, que priorizou os locais com mais reclamações, estão sendo atendidos também o Jardim Casqueiro, Parque São Luis, Jardim Nova República e os demais bairros vizinhos a esses, incluindo os conjuntos habitacionais. No cronograma de novembro constam Vila São José, Jardim Anchieta, Jardim Costa e Silva, Jardim São Francisco e arredores e, também, a região do Centro. Os serviços já planejados prosseguem em dezembro e em janeiro e fevereiro de 2014. Algumas localidades, por terem características peculiares, ainda estão na fase de diagnóstico ambiental e depois constarão na programação. Há possibilidade de alterações no cronograma se as condições climáticas forem adversas (cronograma completo abaixo).

Levantamento

O trabalho de desratização é realizado em duas etapas. A primeira é feita por 20 agentes de saúde, cuja missão é a de realizar um levantamento prévio. A partir de uma rápida conversa com os moradores, é preenchido um questionário sobre a incidência de roedores no local ou ao redor da moradia. Ao morador é perguntado se os tem visto; para casos afirmativos, a pergunta é onde estavam, eventuais medidas adotadas; em caso de aplicação de veneno pelo morador, o agente procura saber o método que foi utilizado. Esses questionamentos ajudam a estabelecer um diagnóstico.

A aplicação de veneno, tarefa que conta com 10 agentes, é a segunda etapa. Eles colocam blocos parafinados nas bocas de lobo e em pontos de vistoria. Em alguns locais, como prédios públicos, costuma-se também espalhar iscas para atrair os ratos, com formato parecido ao da semente de girassol.

Segundo a chefe do Centro de Controle de Zoonoses, veterinária Mônica Botelho, a estimativa populacional de roedores da Baixada Santista não passa de uma suposição. "É necessário que mais adiante seja realizada uma pesquisa mais profunda e específica". Botelho compõe a equipe técnica responsável, que tem ainda a diretora do Departamento de Vigilância à Saúde, Maria Adelaide Gonzalez, a médica veterinária Odymara Elaine Neves Faya e a coordenadora de campo, Maria de Fátima Matins. Além dos agentes de campo, o trabalho tem 4 supervisores e o apoio de funcionários do Núcleo de Informação e Geoprocessamento (NIG) e do Núcleo de Educação e Comunicação em Saúde (NECS), envolvidos no treinamento dos agentes, no mapa de planejamento das ações e na compilação dos dados do levantamento de campo.

Presença urbana

Animais de hábitos noturnos, os ratos costumam sair de seus abrigos à noite em busca de alimento, os quais encontra sobretudo no lixo doméstico. De olfato e paladar apurado, conseguem identificar o alimento de preferência e não ingerir se estiver estragado. Possuem habilidades físicas como nadar, escalar e atingir locais altos se houver anteparo, saltar, se equilibrar em fios e mergulhar. Fezes, trilhas, tocas, roeduras em cabos, embalagens e até pequenas manchas de gordura são sinais da presença de ratos. Multiplicam-se bastante. Um rato vive de um a dois anos e no terceiro mês de vida já começa a procriar, sendo a gestação de 19 a 22 dias e o número de filhotes por cria de 5 a 12.

São três espécies de ratos na área urbana. Delas, a maior é a ratazana ou rato de esgoto (norvegicus), que se abriga em tocas que cava na terra, em terrenos baldios, margens de córregos, em lixões, bueiros. O rato de telhado, rato de forro ou rato preto (Rattus rattus), possui orelhas e cauda longa. O nome popular já mostra que costuma habitar sótãos, forros e armazéns, descendo ao solo apenas para buscar alimento, sendo raro cavarem tocas. O de menor tamanho entre as espécies urbanas é o camundongo (Mus musculus). Faz ninho em armários, fogões e despensas. Por ter hábito preferencialmente intradomiciliar e ser curioso, é presa fácil de ratoeiras.

Prevenção

Prevenir é possível a partir de um conjunto de medidas, a começar pelo acondicionamento correto do lixo. Devemos descartá-lo dentro de sacos plásticos, colocados em latas preferencialmente sob estrado, evitando contato com o solo, equipadas com tampas apropriadas que permitam boa vedação. O lixo deve ser colocado na rua perto da hora da passagem do coletor. Nunca se deve jogar lixo a céu aberto, em terrenos baldios ou acumular entulho em casa. Os alimentos para consumo devem ser bem guardados e os armários devem ser periodicamente inspecionados. Os comedouros de animais domésticos devem estar sempre limpos e a alimentação nunca deve ficar exposta onde os ratos possam ter acesso. Locais com frestas e vãos devem ser vedados. Utilizar preferencialmente ralos com mecanismo tipo "abre-fecha" e impedir a entrada desses animais em encanamentos.




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