Petroleira venezuelana estuda uso de drones para vigilância e controle de derramamentos

Custos e riscos operacionais de monitoramento seriam reduzidos consideravelmente, diz PDVSA

Por Opera Mundi
Sábado, 26 de outubro de 2013


A companhia estatal venezuelana PDVSA (Petróleos da Venezuela S.A.) anunciou nesta sexta-feira (25/10) que considera usar aviões não tripulados, também conhecidos como drones, para operações de vigilância, controle e detecção de derramamentos. Em comunicado, a empresa afirmou que testes estão sendo realizados no Lago de Maracaibo, no estado venezuelano de Zulia, do qual os equipamentos podem captar dados em tempo real durante o sobrevoo.

O sistema atual de monitoramento de derramamentos da estatal se baseia no uso de helicópteros com observadores aéreos a bordo durante três horas diárias para captação de dados que posteriormente são remetidos a uma sala de controle. O uso dos VANT (Veículos Aéreos Não Tripulados) como sistema de vigilância e controle aumentaria a eficácia do monitoramento ambiental e reduziria consideravelmente os custos e riscos operacionais deste, de acordo com a estatal.

“Esta tecnologia, no âmbito petrolífero, também poderia servir para a segurança das instalações, para o monitoramento de oleodutos para detectar derramamentos na terra, para a vigilância ambiental para a preservação de ecossistemas, entre outras aplicações”, expressa o texto difundido pela PDVSA.

De acordo com o comunicado, os testes estão sendo realizados pela filial de investigação da estatal, Intevep, em conjunto com a Gerência de Ambiente, com o departamento de Operações Aquáticas da Direção Executiva da empresa no Ocidente do país e com a Companhia Anônima Venezuelana de Indústrias Militares. Segundo a empresa, o estudo permitiria aprimorar o sistema de monitoramento em curto prazo.

“A autonomia de voo será aumentada e será mudada a distância focal da lente da câmera para ganhar percurso e cobrir uma maior extensão”, diz o comunicado, complementando que um sistema de vinculação entre as imagens captadas e um sistema de GPS instalados nos drones permitirá armar um mosaico fotográfico para obter uma visão global da zona monitorada.
Em junho do ano passado, Hugo Chávez anunciou a fabricação de veículos aéreos não tripulados na Venezuela, não só para aplicação militar, como também para uso civil. “Vamos continuar fabricando”, disse o falecido presidente em uma reunião com altos comandantes militares, afirmando que a produção estava sendo realizada em cooperação com diferentes países aliados, como Rússia, China e Irã.

Na ocasião, o general de brigada Julio César Morales Prieto afirmou que a aeronave não transporta armamento e “não pode fazer dano, simplesmente se usa para vigiar”. Durante a reunião, esclareceu-se que o equipamento poderia ter uso militar e civil, para produção de vídeos em tempo real, assim como de fotografias em altitude com grande precisão. “Em caso de tragédias, permite ter uma visão do que está ocorrendo em um lugar sem necessidade de mobilizar um piloto”, disse um capitão de fragata.




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