O projeto de lei complementar de autoria do governador Geraldo Alckmin foi novamente derrotado e adiada a deliberação por falta de quórum, quando são necessários 48 votos favoráveis ou contra a propositura.

A proposta do governador representa aumento real e apenas 1,34%, diante da inflação acumulada do ano passado que atingiu 5,6% e o índice estipulado no projeto de 7% de reajuste.

O líder da Bancada do PT, deputado Luiz Claudio Marcolino mostrou que o Estado tem R$ 4 bilhões em caixa, que pode ser aplicado no reajuste aos servidores, pois está longe da margem prudencial, estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Manobra

A proposta de reajuste salarial dos trabalhadores da área de segurança pública de autoria do governador Geraldo Alckmin suscitou outra polêmica. Desta vez foi quanto ao procedimento de votação.

Um deputado da base governista solicitou a prorrogação da sessão. No momento da votação desse item o presidente da Assembleia lançou a votação do PLC 33 e a seguir anunciou sua aprovação.

A manobra foi contestada pela oposição e situação, com os protestos o presidente recuou e acatou a proposta de verificação nominal da votação do projeto.

O resultado da verificamos mostrou quórum insuficiente para aprovação da proposta do governador, que alcançou o seguinte placar; - 44 votos favoráveis; 23 contra, 2 abstenção e 1 voto do presidente, do total de 70 deputados presentes. Ou seja, o governo foi novamente derrotado ao resistir e não abrir negociação e insistir em colocar o projeto em votação.

Para a Bancada do PT as derrotas consecutivas do governo mostram a fragilidade e falta de articulação junto a sua base aliada e que a pressão dos trabalhadores teve ressonância e fez com que deputados governistas votassem contra o projeto.