Rodas evita deputados novamente e DCE questiona “caixa preta” da USP
Para o representante do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Gustavo Rego, que acompanhou os deputados, “esse fato político só legitima a luta e a paralisação
Quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Novamente, o reitor da Universidade de São Paulo, João Grandino Rodas, esquivou-se da convocação da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa. Os deputados João Paulo Rillo, presidente da Comissão, Carlos Ginnazi e Alcides Amazonas estiveram nessa quarta-feira, dia 23, às 10 horas, na Cidade Universitária "Armando Salles de Oliveira" – USP – com a finalidade de procederem à oitiva do reitor, mas foram recebidos pelo chefe de gabinete do reitor, Alberto Carlos Amadio.
Para o representante do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Gustavo Rego, que acompanhou os deputados, “esse fato político só legitima a luta e a paralisação. A reitoria trata a USP como uma caixa preta”. Rillo pretende ampliar o debate para além da Comissão e recorrer a medidas institucionais. “Vamos provocar a Mesa Diretora para exigir providências em relação ao reitor”, anunciou.
Rodas está sendo convocado para prestar esclarecimentos sobre o processo de criminalização e perseguição que teria sido promovido pela reitoria da USP contra estudantes, funcionários e professores. O reitor também deverá ser ouvido sobre denúncias de improbidade administrativa, nos anos de 2009 a 2011, que deram origem à ação movida pelo Ministério Público do Estado, conforme publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, em 11 de setembro último.
Em ofício encaminhado ao deputado Rillo, na última terça-feira, dia 22, o chefe de gabinete de Rodas alegava que desconhecia os pontos a serem esclarecidos pelo reitor na oitiva.