Trabalhadores públicos no Chile fizeram, nesta terça-feira (22), uma paralisação de 24 horas para exigir que o presidente Sebastián Piñera aumentem os salários em 8%. Em tom irônico, o governo chamou a convocação de "tradição" que ocorre todos os anos antes do início da votação do orçamento do país.

Entre os organismos que não funcionaram estão a Receita Federal, o Tesouro Geral da República e os Ministérios do Trabalho, Saúde , Obras Públicas, Educação e Saúde, entre outros , além de alguns serviços municipais , como a rede de clínicas de Saúde Primária.

De acordo com a presidenta da Confederação dos Trabalhadores (CUT), Barbara Figueroa, a mobilização foi além do setor público.

Ela ressaltou que "a negociação do setor público não só impacta mais de 600 mil trabalhadores, como também afeta as negociações que ocorrem em seguida, com o piso do setor privado."

Figueroa lembrou que só na região metropolitana há cerca de 150 sindicatos de negociando", daí o melhor e bom desenvolvimento do processo de negociações com o governo como empregador é o mais forte sinal para o setor privado", acrescentou .

Os trabalhadores pedem um aumento de 8,8 por cento em seus salários, em um momento em que o Congresso tem em suas mãos o projeto de orçamento nacional para 2014. O aumento solicitado no caso dos salários mais baixos chega a 10%.

Enquanto isso, o governo chileno classificou, nesta segunda-feira (21), em tom irônico, a paralisação de uma "tradição "antes do início de cada ano de negociações por melhores salários: "é como uma tradição que haja uma greve antes de começar a mesa de trabalho. Essa é a verdade", disse o ministro do Interior, Andrés Chadwick .

*Com informações da TeleSUR