O descumprimento de acordos estabelecidos na campanha salarial, a redução de investimentos no Metrô, as denúncias de cartel e corrupção e programa de demissões anunciado pela companhia, como alternativa para manter o congelamento da tarifa em R$ 3, estão entre os temas da assembleia que os metroviários de São Paulo realizam a partir das 18h30 de hoje (22).

A categoria participará também da “Semana de Luta por Transporte Público” na capital, organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL). Na quinta (24), os metroviários fazem a distribuição de carta aberta à população e na sexta (25) unem-se aos manifestantes pela tarifa zero em ato na frente do Teatro Municipal, no centro, às 17h.

“Quando se discute tarifa zero sabemos que para a sociedade o transporte vai ser de graça, mas isso vai ter um custo em si e alguém vai ter de pagar essa conta, então a discussão que devemos fazer é quem paga e como”, afirma o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Júnior.

Segundo ele, a categoria cobrou esclarecimentos e discutirá ações contra a instalação do programa de demissão voluntária (PDV), informado pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, no último dia 7.

Eles também analisam a proposta para reabertura da campanha salarial e garantias para o cumprimento do acordo coletivo. Entre os problemas não solucionados estão a equiparação salarial, plano de carreira interna, piso dos oficiais de instalação, faixa salarial dos assistentes administrativos e mais contratações.

“Atualmente, umas de nossas reivindicações é por mais contratações, porque já falta funcionários no metrô. A maioria dos seguranças, operadores, trabalhadores de estação e manutenção já está fazendo hora extra. Independente se houver demissão, queremos mais concursos e reposição”, disse Altino.