Denúncia sobre caso Alstom aponta propina no governo tucano de SP

Denúncias envolvendo os governos tucanos de São Paulo de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra e a empresa francesa Alstom foram apresentadas pelo Jornal Nacional, da TV Globo na edição de sábado (19)

Por PT Alesp
Segunda-feira, 21 de outubro de 2013


A partir de documentos da Polícia Federal, a reportagem fala em suspeitas de envolvimento de 20 servidores e cinco empresas em um esquema de pagamento de propinas para a Alstom, em licitações para a compra de equipamentos para o Metrô de São Paulo.

Segundo o telejornal, peritos da Policia Federal, ao cruzar informações da renda líquida com o patrimônio declarado no imposto de renda, de 20 pessoas e de cinco empresas, entre 2000 e 2008, descobriram evolução patrimonial incompatível aos rendimentos de cinco pessoas.

São elas: Celso Sebastião Cerchiari, que entre 1999 e 2006, foi diretor da Cesp e que hoje permanece na parte que foi privatizada da empresa; Miguel Carlos Kozma, presidente do Metrô de outubro de 2001 a abril de 2003, morto em 2011; Romeu Pinto Júnior, que administrava a consultoria MCA, suspeita de fazer pagamento de propinas a funcionários do governo; e Sabino Indelicato, que, segundo a Polícia Federal, é dono da Aqualux, uma empresa suspeita de intermediar pagamentos de subornos.

Clique aqui para assistir a reportagem.

Ex-diretor da CPTM usou doleiros para mandar dinheiro para a Suíça

As investigações sobre o esquema de corrupção tucana avança na direção de agentes públicos das gestões tucanas de São Paulo. Integrantes do Ministério Público e da Polícia Federal dizem que “mais de uma dezena” de executivos de estatais que passaram pelos sucessivos governos do PSDB não só foi omissa como também participou das fraudes e do superfaturamento de contratos firmados com o Metrô paulista e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Documentos e depoimentos obtidos nas últimas semanas já apontam os nomes de servidores estaduais que se beneficiaram financeiramente das tramoias. É o caso de João Roberto Zaniboni, diretor de operações da CPTM entre 1999 e 2003 (gestões Mário Covas e Geraldo Alckmin). De acordo com provas enviadas por autoridades suíças, uma conta de Zaniboni na Suíça foi abastecida com US$ 836 mil, o equivalente a R$ 1,8 milhão, no período em que ele era dirigente da estatal. Ao menos US$ 200 mil foram pagos a título de propina pelas empresas do cartel em troca da obtenção da conquista de certames ou aditamentos.

O Ministério Público de São Paulo suspeita que o ex-diretor da CPTM recebeu propinas para favorecer a Alstom, multinacional francesa, em contratos de fornecimento e serviços de revisão geral de 129 vagões.

*com informações das agências




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