Na manhã deste sábado, sete ônibus da empresa que a Prefeitura de Mauá contratou para prestar o serviço na cidade emergencialmente foram alvos de vandalismo. Quatro deles foram incendiados (três no Jardim Guapituba e um no Jardim Itapark, onde o fogo atingiu a fiação elétrica) e outros três foram depredados.

A contratação emergencial foi necessária uma vez que as duas atuais concessionárias - Leblon e Viação Cidade de Mauá - foram declaradas inidôneas por fraude no sistema de bilhetagem, além de não cumprirem os contratos, manterem uma frota sucateada e sem conforto para o usuário, não cumprirem os horários e nem as exigências da Prefeitura por uma prestação de serviço mais qualificado. As empresas também foram multadas pela prefeitura: a Leblon em R$ 12 milhões e a Viação Cidade de Mauá em R$ 8,4 milhões.

A prefeitura trabalha para retomar as rédeas do sistema de transporte público da cidade. A medida faz parte do projeto do novo e moderno sistema de transporte coletivo de Mauá, que será completado no primeiro trimestre do próximo ano, quando entra em vigor a integração tarifária entre ônibus e trem, autorizada nessa semana pelo governo do Estado, que vai custar R$ 5,50 proporcionando economia de R$ 1,00 por dia para o passageiro. A prefeitura quer oferecer um sistema com mais conforto, agilidade e tarifas justas. Para tanto, precisa retomar o controle do sistema de transportes da cidade.

Além da integração tarifária, o novo modelo de transporte coletivo do município prevê medidas como a reforma do Terminal Central, a construção de um novo Terminal e paradas de ônibus, implantação de corredores exclusivos para os ônibus, instalação de painéis eletrônicos para informar (via GPS) o tempo de espera para a chegada e partida e ampliação do poder de fiscalização e gerenciamento do sistema.