Câmara: Vicentinho denuncia demissão de diretores sindicais pelo Grupo Abril

O Grupo Abril é um dos maiores vendedores de livros didáticos para o Governo. Ou seja, sustenta-se com parte do dinheiro público, mas desrespeita a legislação da qual se beneficia. Uma grande contradição”, denunciou

Por PT Câmara
Quinta-feira, 17 de outubro de 2013


O deputado Vicentinho (PT-SP) ocupou a tribuna da Câmara para denunciar as “péssimas práticas antissindicais que ainda persistem entre algumas mentes empresariais”.

O deputado referiu-se ao Grupo Abril Educação, que violou a CLT ao demitir dois de seus trabalhadores, ambos diretores sindicais do Sindicato dos Empregados em Editoras de Livros (SEEL).

Foram demitidos, Joseval Fernandes, com mais de 30 anos de empresa, e Aparecido Araújo, com 26 anos de editora. “As demissões desses companheiros contrariam a legislação que garante estabilidade na condição de dirigente sindical”, disse Vicentinho.

Informou o deputado que a diretoria do SEEL entrou em contato com os gestores do grupo para que a reintegração seja negociada. “Mas a empresa manteve a sua resolução arbitrária, mesmo após ser alertada de que poderia ser alvo de processo judicial. O Grupo Abril é um dos maiores vendedores de livros didáticos para o Governo. Ou seja, sustenta-se com parte do dinheiro público, mas desrespeita a legislação da qual se beneficia. Uma grande contradição”, denunciou.

Lembrou Vicentinho que esses líderes sempre “estiverem presentes como defensores dos trabalhadores, negociadores, atuantes com dignidade, numa representação que lhes é cabível de acordo com a legislação brasileira e com a legislação internacional. Isso significa uma quebra da organização sindical, motivo de denúncia na Organização Mundial do Trabalho”, ponderou.

O deputado citou ainda sua luta para impedir que a produção e a compra de livros por parte do Estado brasileiro sejam feitos com a China, objetivando gerar emprego e produção no Brasil. “Mas essas empresas, que têm interesse, em nada contribuem, nem com uma relação sindical digna com os trabalhadores”, disse.

Finalizou o deputado o seu discurso dizendo que os trabalhadores estão revoltados. “Há uma indignação interna no local do trabalho. A diretoria do sindicato está muito firme, e eu quero partilhar dessa solidariedade e fazer essa denúncia”.




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