Alesp: População questiona ações do DAEE para construção do Parque Várzea do Tietê

Lideranças cobraram do superintendente do DAEE Alceu Segamarchi Junior, a falta de diálogo com as mais de 4 mil famílias que residem na região e não sabem se serão atingidas pela obras do Parque da Várzea do Tietê

Por PT ALESP
Quarta-feira, 16 de outubro de 2013


Moradores de 10 bairros da zona leste de São Paulo, atingidos pelas enchentes do rio Tietê, participaram nesta terça- feria de audiência na Assembleia na Comissão de Infraestrutura, presidida pelo petista Alencar Santana Braga.

Lideranças cobraram do superintendente do DAEE Alceu Segamarchi Junior, a falta de diálogo com as mais de 4 mil famílias que residem na região e não sabem se serão atingidas pela obras do Parque da Várzea do Tietê.

O governo do Estado por meio do DAEE – Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo, em parceria com o governo municipal de São Paulo, deve construir o Parque da Várzea Tietê, que por omissão do governo estadual em não fiscalizar ação de extração de areia na região, fez com que a “Lagoa Itaim” virasse uma cratera. Esse ato provocou desvio do leito do rio, seu assoreamento, causando enchentes e transformando o local em depósito de lixo e entulhos.

O desvio do leito do rio contribuiu para ocupações de moradias irregulares no aterro e no entorno da Lagoa do Itaim. Hoje o local é alvo de intervenção pública, após décadas de ocupação e luta da população por melhorias para o local. Os moradores questionam a falta de informação sobre os valores estimados pela estatal para pagamento de indenização e também foi alvo de críticas dos participantes da audiência o anuncio que o Estado fará melhorias na área após a remoção da população.

O petista Gerson Bittencourt lembrou que o problema daquela região advém dos anos de 1970, com a expansão da cidade e ocupação das franjas periféricas da cidade e desde então, a população viveu em meio à problemas sociais e ambientais por conta da omissão do Estado.

A complexidade da questão foi colocada por Adriano Diogo. “o gasto de R$ 80 milhões não resolveu o problema de lodo e lama que há naquele local,” destacou o petista.

Os problemas de danos materiais e a saúde dos moradores da região com as enchentes provocadas pelas águas poluídas do rio Tietê, fez parte das colocações de José Zico Prado, que cobrou a falta de informações sobre o projeto dos governos municipal e estadual, que traz insegurança á população.

Já Geraldo Cruz, foi enfático em defender a participação popular no processo e defendeu a realização de audiência pública na comunidade.




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