
Alesp: Líder do PT questiona falta de compromisso do Alckmin em apurar corrupção tucana
Marcolino lembrou que em 2008 a Bancada do PT protocolou representações junto aos Ministérios Públicos Estaduais e Federais e fez ações pela CPI da Asltom na Assembleia, mas as iniciativas foram barradas pela base governistas
Terça-feira, 15 de outubro de 2013
As últimas informações veiculadas pela imprensa a respeito das denúncias da Siemens de desvio de recursos públicos envolvendo o Metrô e a CPTM e as recentes revelações de pagamento de propina pela também multinacional Alstom, à agente público da gestão tucana em São Paulo, foi foco das manifestações do líder da Bancada, deputado Luiz Claudio Marcolino hoje em plenário da Assembleia Legislativa.
Marcolino se reportou à publicação do jornal Correio do Brasil, a repeito do trabalho da corregedoria do governo de São Paulo, que já ouviu 23 pessoas, mas ainda não apresentou nenhuma conclusão sobre a atuação das empresas do grupo ou seu envolvimento com funcionários públicos no escândalo do cartel formado pelas empresas multinacionais Alstom e Siemens.
Segundo a reportagem citada pelo líder petista nos depoimentos aos corregedores, a impressão que fica é a de que houve apenas a transferência de mais de R$ 400 milhões para ninguém. Os investigadores não identificaram, até agora, a participação um só agente público envolvido no caso, que ficou conhecido como ‘propinoduto tucano‘.
Para o deputado petista este grupo instituído pelo governo Alckmin, não tem o compromisso efetivo de fazer apuração dos envolvidos e punir os responsáveis. ”Se o governador quiser de verdade investigar o esquema de corrupção libere sua base à assinar o pedido de CPI da Bancada do PT e em 120 dias vamos, ouvir os denunciados, quebrar sigilo bancário e telefônico, fazer oitivas e esclarecer os fatos e defender o interesse da sociedade paulista, ressaltou.
O relatório da Polícia Federal com análise financeira da Polícia Federal em São Paulo, encartado no inquérito Alstom, também foi mencionado pelo parlamentar.
O documento mostra que a emblemática offshore MCA Uruguay Ltd – suposta repassadora de propinas a agentes públicos paulistas nos anos 90 – recebeu em contas na Suíça, Luxemburgo e Nova York a soma de 2,23 milhões de euros, 4,64 milhões de francos franceses e 4,40 milhões de dólares. Os depósitos foram realizados entre novembro de 1999 e junho de 2004. O relatório da PF, amparado nos extratos bancários enviados pela Suíça em dezembro de 2010, indica que “o maior depositante” em favor da MCA Uruguay foi a Alstom, multinacional francesa que teria abastecido contas de servidores de estatais paulistas naquele período.
Marcolino lembrou que em 2008 a Bancada do PT protocolou representações junto aos Ministérios Públicos Estaduais e Federais e fez ações pela CPI da Asltom na Assembleia, mas as iniciativas foram barradas pela base governistas.