Paim, Suplicy e Ana Rita pedem liberdade de Ana Paula

Ativista do Greenpeace está presa na Rússia acusada de pirataria

Por PT no Senado
Quinta-feira, 10 de outubro de 2013


Os senadores do PT se mobilizaram nesta quinta-feira (10) em uma frente pela libertação da ativista brasileira do Greenpeace, Ana Paula Maciel, detida na Rússia desde 19 de setembro.

Na Comissão de Direitos Humanos (CDH), a presidenta Ana Rita (PT-ES), encaminhou ofício ao presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), para que o Senado se manifeste. “Ana Paula Maciel é vítima de preconceito. A noção de pirataria da legislação internacional, e também da legislação russa, não se aplicam neste caso”.

Ana Rita ainda disse que a prisão da ativista precisa ser enfrentada e a sociedade precisa se manifestar. “Precisamos nos mobilizar em todas as instâncias possíveis. Esperamos que, com o pedido ao senador Renan Calheiros, o Senado interceda junto às autoridades competentes e Ana Paula seja solta o mais rápido possível”, declarou.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi ainda mais incisivo: apresentou um requerimento – que foi aprovado pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) – pedindo a libertação da militante brasileira, de outros 27 ativistas e de dois jornalistas também detidos pelo governo russo. Ele alega que não há fundamento jurídico na acusação de pirataria que justifica a detenção do grupo.

Também nesta quinta-feira, o jornal Sul 21 publica um artigo do Senador Paulo Paim (PT-RS) pedindo a libertação da gaúcha. “Libertem Ana Paula” é o título do texto, que argumenta: “É absolutamente evidente que eles (os ativistas presos) não são piratas”. O senador lembra que, caso condenados, os militantes do Greenpeace podem ficar até 15 anos em prisões russas.

Paim disse que em sua foto de presidiária, Ana Paula lembra a postura altiva da presidenta Dilma Rousseff “que também lutou pelo que acreditava ser um bem comum. Também acabou presa. E também manteve de pé seus sonhos, seus ideais”, escreve o senador gaúcho, que argumenta que lutar pela liberdade da ativista brasileira é uma responsabilidade de Estado. “Tenho certeza que um governo liderado por uma guerreira, que sentiu na pele o que Ana Paula está sentindo, não vai se calar diante dos fatos”, concluiu.

Prisão

Ana Paula estava a bordo do navio Arctic Sunrise quando foi presa juntamente com outros 27 ativistas e dois jornalistas. A Guarda Costeira Russa invadiu ilegalmente o navio após protesto pacífico do Greenpeace realizado na plataforma da petroleira estatal russa Gazprom, no mar de Pécora. Os ativistas e os jornalistas foram levados à Murmansk, onde estão detidos desde então.




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