Artesãs cubatenses participam de capacitação com Projeto Mãos à Obra

As ideias vão se transformar em produtos inspirados na Cultura Africana que serão vendidos no mês de novembro, na Feira Municipal de Arte e Artesanato

Por Prefeitura de Cubatão
Quinta-feira, 10 de outubro de 2013


As artesãs que integram a Feira Municipal de Arte e Artesanato de Cubatão continuam a busca por qualificação. Este mês, elas participam de aulas especiais ministradas pelos professores do Projeto Mãos à Obra, da UME Bernardo Maria de Lorena. A primeira aula aconteceu no dia 7/10, no próprio colégio.

A ideia é que elas recebam informações para trabalhar a criatividade com a temática da Cultura Africana, produzindo trabalhos para serem vendidos durante a Feira em novembro, mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra (20/11).

Na oficina, ouviram explicações sobre Arte Popular Afrobrasileira e de que maneira influenciam nosso dia a dia. Os professores Pedro Lima de Brito (Língua Portuguesa) e Heliane Lima Lourenço (Artes) comandaram a aula especial que incluiu a confecção de uma boneca feita de tecido chamada Abayomi.

A professora Heliane explicou que a boneca era feita pelas mulheres no perído de escravidão. Elas rasgavam a barra da saia e com alguns nós faziam bonecas de pano para as crianças brincarem, amenizando o sofrimento. "Abayomi tem origem iorubá e significa, entre outras coisas, `encontro feliz`. Mas nesta manhã vamos entregar essa boneca a alguem com a mensagem: `Ofereço a você o melhor que tenho em mim`", afirmou.

Com alguns nós no tecido, arrematando com um tecido de xita, bem colorido, e uma fita de cetim, as artesãs aprenderam uma nova técnica, carregada de sentimentos e influências. "Elas podem usar a abayomi em elemtnso que já confeccionam, como chaveiros ou prendê-las em cadernos e outros objetos", disse o professor Pedro.

Para a Chefe do setor de Políticas Públicas para a Diversidade, Juliana Clabunde, a participação dessas trabalhadoras em atividades como esta é o primeiro passo para a transformação desse grupo, chamado de Coletivo do Artesanato. "Elas sabem que os produtos que criam têm qualidade. Nosso objetivo, agora, é sair do lugar comum, agregando novas técnicas, utilizando materiais diferenciados, e buscando a identidade própria de cada uma das artistas", disse Juliana.

Ela lembra que esta é a segunda ação realizada pelo setor junto às artesãs. A primeira foi a criação da Feira Municipal de Arte e Artesanato, propriamente dita, que funciona em frente à antiga entrada do Parque Anilinas (Av. Nove de Abril), de segunda a sexta-feiras, e aos finais de semana dentro do Novo Anilinas. "Agora, essas artistas necessitam de formação, capacitação para continuar criando cada vez melhor", comentou Clabunde. Outros encontros como este devem acontecer algora em outubro, sempre com a temática voltada para a Cultura Afro.




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