O senador Walter Pinheiro (PT/BA) defendeu, nesta terça-feira (08), atenção especial do Governo Federal para fortalecer as ações das Forças Armadas como um dos caminhos para garantir a soberania do Brasil. Ele destacou a necessidade de viabilizar atividades conjuntas na área de Ciência e Tecnologia. “As três Forças [Exército, Marinha e Aeronáutica] podem contribuir com as atividades, por exemplo, dos Centros de Tecnologia e Monitoramento, promovendo um salto de qualidade na aplicação dos serviços, como aqueles ligados às áreas de Comunicação e Saúde, em benefício do cidadão”, lembrou.

Para ele, além da sinergia na área militar, é preciso ampliar os investimentos no setor. “Sem sinergia e recursos é difícil fazer avanços nas áreas de ciência e tecnologia, em benefício também de serviços como a saúde, por exemplo”, afirmou Pinheiro.

As declarações do senador ocorreram durante audiência na manhã desta terça-feira (08), na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), sobre pesquisa e investimentos nos centros tecnologia das Forças Armadas. A reunião contou com representantes da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e do Ministério da Defesa.

Pinheiro lembrou que as estruturas de Defesa de Estado em outros países estão bem estruturadas e fortalecidas, com “generosos” aportes de recursos. O senador observou que, nos últimos anos, houve um aumento de recursos para a área de ciência e tecnologia das Forças Armadas, embora ainda sejam menores do que no passado. Pinheiro acredita que é possível, por meio da expertise acumulada, que as Forças Armadas contribuam para o avanço de tecnologia, especialmente na área de monitoramento.

“Participo de reuniões nacionais e em foros internacionais sobre segurança na rede. O que posso destacar é que em todos os encontros a representatividade dos integrantes da área de defesa de outros países é formada por delegações numerosas”, disse, referindo-se à última reunião da União Internacional de Telecomunicações (UIT), nos Emirados Árabes.

“Essa é uma área muito delicada para nós. Estamos com a questão da aquisição dos satélites e podemos também retomar o debate sobre a compra dos aviões caças da FAB. Volto a lembrar: a discussão sobre a compra [dos caças] não pode apenas ficar centrada na questão bélica. A compra deve estar focada no que vamos extrair do ponto de vista da tecnologia, para utilizá-los em outras áreas. Um caça sobrevoando uma região como a Amazônia pode auxiliar em pesquisas e identificações importantes das nossas riquezas naturais”, disse.