Nesta segunda-feira (7), 2.762 pessoas se candidataram nas 32 subprefeituras da capital para concorrer às eleições do Conselho Participativo Municipal. Após a eleição, que ocorrerá no dia 8 de dezembro, serão escolhidos 1.125 conselheiros em toda a cidade. A média de concorrência é de 2.45 candidatos por vaga. O prazo para as inscrições se encerrou às 17h de hoje, mas devido à grande procura, algumas subprefeituras distribuíram senhas e continuam atendendo os candidatos para finalizar a inscrição.
As Subprefeituras com mais candidatos inscritos para a eleição são as de M’Boi Mirim e Itaquera, ambas com 152 interessados. A Subprefeitura do Itaim Paulista é a segunda com mais candidatos, com 141 inscritos. Ipiranga e Campo Limpo, com 130 inscritos e Penha, com 117 completam a lista das regionais com mais interessados até agora. Todas as regionais tiveram mais inscritos do que o número de vagas.

Da eleição, que contará com 10 mil urnas eletrônicas e pontos de votação nos 96 distritos de São Paulo, sairão 1.125 representantes da sociedade civil, que formarão um colegiado para ampliar a participação popular e a transparência nos governos locais. Cada subprefeitura terá no mínimo 19 representantes e, no máximo, 51 integrantes dentro do Conselho Participativo Municipal. Na média, haverá um conselheiro para cada 10 mil habitantes, divididos proporcionalmente em cada região.

Ainda no dia 28 deste mês, as Comissões Eleitorais instaladas nas subprefeituras publicarão os nomes dos candidatos habilitados em todas as regiões.

Segundo o secretário de Relações Governamentais, João Antonio, a grande procura pelas inscrições decorreu do trabalho de divulgação realizado pelas subprefeituras e pela forma como a sociedade recebeu a iniciativa. “Agora é trabalhar para uma ampla divulgação do processo eleitoral, chamar a sociedade para participar ativamente da votação em dezembro e construir conselhos com força política e apoio popular”, destacou.

Conselho

Os futuros membros do Conselho terão a missão de fiscalizar, participar do planejamento e da aplicação de recursos públicos e das políticas públicas nos distritos e subprefeituras. A eleição é por voto direto, secreto e facultativo dos moradores do município. Por se tratar de um colegiado independente, os eleitos terão autonomia para acessar informações públicas, sugerir medidas e contestar atos do poder público nas regiões para as quais forem escolhidos pela população local.

O secretário João Antonio ressaltou a importância do novo conselho dentro da ampliação da participação popular na atual gestão. “Precisamos de novos mecanismos de participação do povo para completar a democracia participativa. Esse conselho é fundamental para isso”, afirmou o secretário. “É impossível governar essa cidade do Viaduto do Chá apenas. Ou diminui a distância entre o administrado e administração ou nós não vamos ser eficientes. Isso significa que temos de dar mais força para quem está na ponta”, afirmou.